30 de janeiro de 2014

Nostalgia de uma noite não dormida.

O meu corpo sente a falta de repousar, os meus olhos inchados, fartam-se de reclamar o tempo a que os sujeito abertos. Por dentro, uma confusão invade o meu estômago. É como se as borboletas se transformassem em morcegos e eles andassem tolos de um lado para o outro. A noite é quase um tormento ultimamente. O meu coração está prestes a arrebentar mas as melodias do costume vão acalmando-o. Precisava de mudar, de ir para outro lugar. Um ano parece-me bem. Na verdade, a liberdade tem que estar imposta em nós. A nossa felicidade não pode depender de ninguém porque aí dá-mos também a alguém o poder de nos magoar, ou seja, nas minhas mãos a (in)felicidade para que ninguém tenha algum poder sobre mim. A independência não me assusta, aliás, atrai-me. Quanto mais independente, mais livre e ser livre é das melhores coisas do mundo. Nunca se sabe o dia de amanha mas confesso que gostava de saber a minha vida daqui a dez anos, ter uma pequena visão daquilo que me vou tornar, mesmo que não tivesse a oportunidade de mudar fosse o que fosse. As pessoas assustam-me, tanto são previsíveis como apanhamos as maiores surpresas do mundo com elas. Nunca gostei de surpresas, gosto do certo e do seguro. Gosto do que realmente é e acontece, sem amenizar ou enfatizar. As nossas experiências vem daquilo que sentimos, já senti tanto que quero manter-me afastada desse negócio duvidoso que é sentir. Não quero sentir nada novo nem sentir nada de novo. Quero apenas olhar por mim e caminhar apenas pelos meus próprios pés, já não fecho os olhos porque já não tenho medo de cair. Na vida não vale a pena desistir porque só a morte determina o fim. E como sou uma pessoa viva não me posso dar ao luxo de me deixar ir ou levar por algo menos bom. O stress tem-se apoderado muito dos meus ossos, há dias em que a cama é mesmo o melhor sítio mas logo depois me lembro que não é de todo o preferível. As noites em branco tem sido uma constante, nesta semana já perdi a conta das vezes em que fiquei simplesmente a pensar durante as oito horas sagradas que todos devíamos dormir, sem pregar olho uns únicos minutos.  A vida é tão mais daquilo que nós vemos, tão mais daquilo que nós nos deixamos viver. A vida é a liberdade, a responsabilidade, o convívio, o conforto. É preciso lutar por isso e eu sei-o, mas preciso sentir-me um pouco menos cansada para me restaurar, como se tudo se tratasse de um botão, eu sei que irei conseguir! Vou tentar começar agora a viver, arranjar-me e fazer o trajecto do costume para mais um exame. Pode ser que seja a última noite mal dormida e sob stress, pode ser que hoje termine esta fase de má energias e que embora exista chuva, o dia me sorria! Chego a sentir saudades de quem sou, de quem fui.