Dani-ficar a mente.
11 de dezembro de 2018
Empaticamente falando
6 de março de 2017
1000 km/h
Dizem que o tempo cura tudo, mas já repararam naquilo que ele também nos rouba? O tempo é uma mistura agridoce, ele tanto nos dá paz, como nos tira o momento de a termos.
Eu sou uma preocupada nata com a vida, penso demais, planeio demais, vivo psicologicamente demais. Sou o tipo de miúda que planta os sonhos no pensamento mas que também os procura para os tornar reais.
Dizem-me muitas vezes que eu devia pensar menos, que pensar demais é aquilo que me faz ter insónias à noite, mas o que essas pessoas não sabem, é que são essas insónias que me permitem realmente sonhar. É acordados que nós sonhamos, é acordados que podemos planear aquilo que queremos para nós... o que essas pessoas também não sabem, é que é à noite que, somente com a nossa própria companhia, os planos saem melhor.
Não precisamos de factores extrínsecos para sonhar, precisamos deles para viver, mas quem é que realmente vive sem sonhos? Ninguém. Os sonhos são tudo aquilo que nos move, tudo aquilo pelo que lutamos. Vocês lutam pelos vossos sonhos? São quem querem ser? Eu espero realmente que sim. Espero que o motivo das vossas insônias seja unicamente porque querem controlar aquilo que sonham, de outra forma, também espero que encontrem outro tipo de paz, e que essa paz, vos permita aproveitar o vosso tempo, porque ele cura tudo, mas também nos tira tudo, como a lucidez, e a partir do momento em que deixas de a ter, de certa forma deixas de ser tu, esqueceste de quem és.
A única coisa que posso dizer, é para sonhares e aproveitares o teu tempo, e aproveita-lo tão bem que, quando não fores lúcido, quem o for, nunca se esqueça de ti.
20 de janeiro de 2017
dois anos depois...
Ainda procuro imensas vezes por ti e às vezes, parece que te encontro em outros olhos azuis ou em outro sorriso bem disposto. Ainda te sinto, em algumas pequenas coisas, eu sinto-te tão perto na mesma.
Nao quero o desapego, não quero apagar a memória daquilo que um dia eu fui contigo e graças a ti.
Fizeste de mim uma criança feliz com tudo aquilo que estava ao teu alcance, fizeste de mim uma adolescente dedicada e sobretudo uma adulta orgulhosa. Há poucos amores genuínos, e o que eu sinto por ti não poderia sê-lo mais, sempre que me recordo de ti, um espírito de paz percorre o meu corpo. É amor, é mesmo.
Gostava que estivesses aqui, gostava de poder contar-te a minha vida e gostava que me visses como estou agora. Partilhar a vida contigo era engraçado, conseguias sempre arranjar a piada no meio da história e fazer com que toda a gente se risse muito. Tu eras a piada, a boa disposição, a alegria... e por isso, espero que onde estiveres, continues a cumprir o teu papel e a animar quem te rodeia.
Um dia vou voltar para os teus braços, mas até esse dia chegar, por favor continua a olhar por mim, continua a ser o meu céu estrelado mas sobretudo a paz que a lua me dá. É isso, tu és a lua... e mesmo que eu não te veja todos os dias, eu sei que estás sempre lá.
Tenho saudades tuas.
Com amor,
Daniela.
31 de dezembro de 2016
O clichê de todos os anos.
Não sei se foste o pior ou o melhor ano da minha vida, mas sei que tiveste tanto de bom como de mau.
Obrigaste-me a mudar de casa, de armário, de cara, de pessoas, de país, de responsabilidades. Obrigaste-me a ser mais responsável, mais adulta e mais ponderada.
Obrigaste-me a fechar o coração.
Obrigaste-me a cortar o cordão umbilical e no fundo eu agradeço-te muito por isso.
Deste-me ar, deste-me realmente outro ar, outra força, outra vontade. Ensinaste-me que a distância não é tão amiga como pensava, que o coração não aguenta tudo o que nós queremos e sobretudo ensinaste-me a nunca mais me poder esquecer das chaves de casa.
Contigo ri e chorei, senti-me a pessoa mais feliz do mundo mas também a mais infeliz, tremi e sorri.
Saltei contigo pela rua enquanto cantava as minhas musicas preferidas mas também me esforcei para aguentar algumas lágrimas nas minhas longas viagens de autocarro.
Contigo vi os meus pais chorarem de orgulho e chorei de orgulho, ouvi palavras de apoio ao ouvido e sorri enquanto levava umas cartoladas... naquele dia se o mundo acabasse eu certamente morreria muito feliz.
Com a tua ajuda aperfeiçoei mais do que em nenhum ano a minha personalidade, limei as minhas arestas e consegui adormecer nos primeiros 30 minutos em que me deitei, embora tenha passado muitas noites em branco também.
Mudas-te a minha vida, mostraste-me uma força que não sabia existir mas também me fizeste sentir uma fraqueza que desconhecia, aliás, fizeste-me descobrir a minha fraqueza.
Mas agradeço-te, vivi momentos incríveis contigo, passeamos juntos, mostraste-me que o arco-íris não precisa de estar no céu para que eu o possa ver, levaste-me a sítios que possivelmente não vou lá voltar, vais ser o único que esteve comigo em todos os momentos, que analisas-te ao pormenor todos os meus sentimentos, que viveu comigo uma das melhores fases da minha vida.
Foste sem duvida um ano de viragem, puxaste-me para cima mas também me deixas-te do avesso.
Por isso obrigada! Nada acontece por acaso e tu mais do que tudo fizeste acontecer tudo.
Fizeste-me perceber o que realmente vale a pena, ajudaste-me a entender quem quero na minha vida, a que sítios quero ir e a que sítios começo a dispensar, quais os sorrisos que me fazem sorrir e quais os sorrisos que me matam lentamente por dentro, ensinaste-me embora não muito bem, a estar distante de quem me diz tanto... Mudar de vida nem sempre é fácil e eu ainda estou a aprender a viver com a que me deste.
Vamos ver o que o teu amigo me reserva, obrigada e até nunca mais.
16 de dezembro de 2016
A porra dos 21, versão atrasada.
Eu não vou mudar o mundo, não hoje e talvez não nunca, mas eu vou sempre mudar o meu e ainda hei-de mudar o mundo de alguém. Caso isso não acontecer já ganhei na mesma pela coragem, pela vontade, pelo egoísmo de o querer. Isto é a porra dos 21, é quando começas a pensar mais além na tua vida, quando a pergunta "o que queres ser quando fores grande?" deixa de fazer sentido, é quando a tua vida se começa a parecer com a "dos mais velhos" e quando te apercebes se és quem realmente querias ser quando eras pequeno. Fazes jus à criança que carregas dentro de ti?
"Se deres a volta à vida, a vida volta." Se deres, tu. Se o fizeres sem esperar que alguém a dê por ti! Não conheço maior prazer que o suor das nossas conquistas, não há maior alivio, maior recompensa do que a vitória. E tu, vives a vida como se fosses um vencedor? É essa a forma que eu escolhi viver a minha vida, como uma vencedora... dia após dia, esperar pelo bom e pelo maus dos meus dias e dar o melhor que consiga de mim ao mundo.
É mais fácil viver do que sobreviver, dá trabalho, mas compensa!
27 de outubro de 2016
Tenho saudades tuas.
Isto é tão bonito, ias gostar de ver os patinhos num lago que há aqui. A vida aqui é tão agitada, passa tudo tão rápido, vive-se tudo tão intenso. Até é mais fácil sair da cama aqui. Eu estou a gostar tanto, é tão bom aprender a viver comigo mesma, voar das asas estando na mesma presas a elas. Queria tanto poder contar-te ao pormenor tudo o que faço aqui e saber que quando voltasse estarias de braços abertos para mim.
Com o passar do tempo estes pormenores tornam-se nos maiores pormaiores de todos. Eu era tão pequenina e agora sinto-me tão grande e tu não estás aqui, mas continuas a olhar por mim todos os dias não costumas? Eu espero que sim, quero que vejas na mulher que me tornei, no gosto que tenho pela vida, a ambição que me corre pelas veias, quero que estejas atenta ao meu percurso e que no fim também batas palmas e te orgulhes de mim, da tua princesinha.
Nunca te esqueças que deste lado está parte da tua vida e que desse está parte da nossa.
Sabes que te vou dando novidades. Espera sempre por mim.
Com amor, Daniela.
20 de janeiro de 2016
A primeira vez que alguém suficientemente perto partiu para demasiadamente longe.
Já passou um ano desde que o meu dia mau, insuportável, complicado, difícil e o pior dia da minha vida surgiu e o sol ainda nem tinha nascido. Lembro-me desse dia como se não houvessem 366 dias entre ele e o dia de hoje.
Foi a pior noticia que recebi, acho que nunca em vinte anos o meu coração se apertou tanto como naquela madrugada, na verdade também foi a pior noite da minha vida. Quando se ouve que alguém partiu, há uns momentos em que simplesmente não consegues pensar e outros em que pensas demais. Foi a primeira vez que alguém suficientemente perto partiu para demasiadamente longe. Após aliviar o stress pós-traumático mil pensamentos invadiram-me,"e se, e se, e se, se..." e agora finalmente após reflectir talvez consiga responder que se tivesse sido diferente provavelmente teria sido tudo igual na mesma... A verdade é que, até sentirmos na pele de uma forma que além de magoar deixa marca, o nosso comportamento será sempre o mesmo, talvez porque não haja tempo para arrependimentos porque tudo continua igual. Mas agora, eu consigo dizer que, "se" eu soubesse que as coisas foram e são como foram e tem sido, eu esforçava-me para que tudo fosse diferente. Antes custava-me acordar mais cedo para ir almoçar contigo, hoje só o facto de não puder almoçar contigo custa-me muito mais. Só quando a primeira pessoa próxima de nós parte, é que começamos a dar realmente valor e não há peito que consiga suportar o tamanho da dor que eu sinto por não ter querido fazer por ti aquilo que podia enquanto podia porque infelizmente agora é tarde demais e já nada posso fazer.
Não há um dia desde esse dia que eu não pense em ti, que não pense na forma como as tuas mãos apertavam as minhas, não há um dia em que não desejasse que me enchesses de beijinhos como só tu sabias fazer, e pior, não há um dia em que consiga escrever sobre ti, falar e ouvir sobre ti sem fazer uma força incontrolável para não chorar, coisa que nem sempre é bem sucedida. Foste a melhor do mundo a desempenhar o teu papel, a minha infância e parte da adolescência tem a tua imagem, os teus cuidados, o teu amor. É muito difícil para mim ir visitar-te, a imagem que tinha tua não era de pedra e prefiro afastar-me sem nunca me distanciar e a prova disso é que o teu lugar terá sempre um pedaço meu. Dói muito a ideia de nunca mais te ter então prefiro olhar para a Lua e sentir-te perto de mim, como se para longe nunca tivesses ido.
Não há um minuto que passe, em que eu não reduza, no tempo em que eu espero por ti, como sei que não podes voltar, espero que pelo menos, um dia vá realmente ter contigo e conseguir mostrar-te o tamanho do amor que sinto por ti.
Desculpa e Obrigada, são as palavras que sempre te direi.
Com amor, Daniela.
5 de novembro de 2015
A porra dos 20!
30 de junho de 2015
Minha querida lua...
Tenho saudades tuas. Saudades de te ter perto de mim e saudades da tua voz a chamar-me princesinha. Procuro tantas vezes por ti, as lembranças consolam-me e matam-me na mesma dose. Lembro-me da tua presença e logo a seguir apercebo-me do quão longe estou do teu toque. Eu devia ter-te dado mais valor, visitar-te mais vezes, falar mais contigo, ter mais paciência, dizer-te mais vezes que foste sempre a melhor avó do mundo... Mas, agora estás longe e por muito que grite tu não me consegues ouvir. Dizem que as pessoas só dão valor quando realmente perdem alguém e no fundo até tem a sua razão. Se eu soubesse, se eu imaginasse... Se se se... Não passam de se's que nunca nos vão levar a lado nenhum nem tão pouco remediar o que é irremediável. Porém, espero que olhes para mim com o orgulho e amor que eu olho para ti e sobretudo que tu olhes por mim. Se a outra vida não existir, inventa-a. Preciso de mais um abraço, de mais um toque, de mais um carinho. Preciso de ti sentada na mesa e de sentir o cheiro da tua cevada. Todos os dias penso em ti e te procuro, espero que perdoes não o ter feito desde sempre... Nunca é tarde demais, pelo menos tu vens sempre a tempo de me encontrar e falar contigo faz com que me sinta sempre melhor. Mesmo longe desempenhas o teu papel melhor que ninguém também nunca ninguém o iria desempenhar por ti. Obrigada por todos os anos de carinhos, cuidados, amor. Cuidaste de mim, tenho pena de não ter cuidado de ti com a mesma intensidade que o fizeste comigo.
Estamos sempre debaixo do mesmo céu, agora e para sempre!
3 de maio de 2015
Para ti, com muito amor.
Tem um bom dia, uma boa vida, um bom caminho, eu prometo fazer sempre parte das tuas etapas.
Amo-te muito, mãe!
22 de abril de 2015
Cronologicamente falando.
Esse teu mundo cor-de-rosa é um eufemismo, poderia chamar-lhe de teu coração. Minto quando digo que querias viver sozinha dentro dele? Faz como sempre, baixa a cabeça, olha para ele, massaja-o se quiseres e não respondas. Não é a pôr-lhe entraves que tu o vais proteger, é fazendo com que o tires da boca, desses teus lábios delineados que sobressais com o batom. Será por isso que te calas e te fechas? Por teres medo de dizer aquilo que não queres ou não podes? Eu sei que não adianta de nada questionar-te, a única coisa que provavelmente irás fazer é sorrir e acenar, como fazem as princesas. Não te protejas tanto, estás a errar ao agir dessa forma. Só com as quedas é que se aprende e tu sabes que ainda tens tanto para aprender.
O que vês quando te olhas ao espelho? É retórica esta pergunta, nem sequer precisas de a fundamentar porque eu sei perfeitamente o que vês. Só queria que te visses com os meus olhos. Aceitas trocar? Não adianta frisar que é o teu interior que te sustenta, não são os teus lábios com batom que te definem, é aquilo que tu és. Sãs as tuas pernas que te fazem andar mas não são elas que te movem, não no sentido literal. É o que tu és que te move - e que me move também. Não é bonito tu provocares estas reacções? Sermos diferentes é bonito. Ainda te estudo, todas as noites enquanto dormes eu fico a olhar-te e a tentar desvendar quais são os teus pesadelos noturnos. Eu consigo desvendar os diurnos porque tu - melhor que ninguém - reforças que o os olhos são o espelho da alma. Mas a noite, durante o teu sono, durante o tempo em que não são as tuas vontades que falam por ti, os teus olhos estão fechados. A beleza dos teus olhos está em ti, no que tu deixas transmitir por eles. Entendes agora porque te digo que és tu e aquilo que tu és que dão cor à pessoa que formas? Que te pintam de cor de rosa princesa? É simples, cala-te - como sempre - e cala-me. O silêncio é a única coisa que, quando dizem o seu nome, ela deixa de existir. E tu gostas que tudo exista no tempo certo por isso, cala-nos...
12 de março de 2015
Estrelinha.
Há tantas coisas que eu queria concretizar e que gostava que tu soubesses, tantos momentos em que eu queria receber beijinhos orgulhosos teus por me veres ter consigo! Eu desculpo que te tenhas esquecido do meu nome, na verdade nunca me chamaste por ele, para ti o nome nunca importou por isso eu desculpo assim como desculpo que te tenhas esquecido de tantas outras coisas. Eu consigo desculpar tudo aquilo que tu quiseres só não desculpo o facto de te terem tirado de mim, ou melhor, o facto de me terem tirado de ti porque penso que seja mais isso! Tenho a tua medalha, os teus brincos e o teu colar, nenhum deles perdeu o brilho que lhes deste, tenho ainda acumulado todo o carinho que ainda tinha para te dar!
Espero que me estejas a ver e que aceites todos os pedidos de desculpa que te faço assim como espero que o teu coração se encha de orgulho ao ver-me vencer. Independentemente de os meus braços não te tocarem sempre que te abraço eu sei que os sentes. Parece injusto da minha parte dizer-te que tenho tantas saudades tuas quando eu só te perdi a ti (o que não quer dizer que não tenha perdido uma grande parte de tudo o que me faça viver) e tu perdeste tanta gente... tanta gente que te ama e que tu amas que a minha dor provavelmente fica aquém da tua mas olha, a mim não me perdeste, eu olharei sempre para o céu para te ver e encontro-te sempre ao lado esquerdo da lua e isso faz com que te mantenha por perto, porque mesmo nos dias em que te escondes eu sei que estás sempre lá!
Não há nenhum lugar que seja longe para nós muito menos um longe que nos separe. Vovó.
28 de janeiro de 2015
Até que nada nos separe.
Já escrevi sobre a diferença de viver ou existir. Poderia apenas caracterizar essa diferença chamando por ti e pedindo que me iludisses um pouco mais sobre isso. Tenho orgulho na vivacidade que te acompanhava diariamente.
Vês, não te perdi, perder-te era não querer falar de ti ou não o conseguir fazer e, na verdade, é tão fácil falar de ti. Já perdi muita gente, pessoas que de certa forma eram importante para mim mas nenhuma carregava o que tu carregas e nenhuma é tudo o que tu és.
Falo-te como se ainda estivesses aqui porque estás, e quando não estás, estou eu aí.
Não sou irrealista, mas com tanta coisa que nos junta, a única coisa que nos separa é a impossibilidade de um olhar. Gosto muito de ti.....
24 de janeiro de 2015
Do que vive a vida?
Do que adianta sorrir se não soubermos o que é chorar? É preciso sentirmos-nos em baixo para dar valor a todos os momentos em que estamos em cima, em que realmente estamos bem. Por mais que a vida seja um reboliço temos que aprender a estar minimamente estáveis. Por vezes a percussão do tempo abala-nos, mas a vida é assim, segundo Buda/Rousseau "nascemos para sofrer e morrer" mas se podemos contrariar isso porque não fazê-lo? A morte tem sido quase uma constante nos meus dias, porém eu aceito que não tenho o poder de escolha sobre quem parte e quem fica, e assim, vejo-me sem qualquer outra opção senão aceitar que a morte faz parte, mas a vida, os sonhos, as conquistas, os sorrisos, as glórias, os prazeres, os restantes não mortais também. Daí dizer que torna-se psicologicamente mais fácil viver do que simplesmente existir... Talvez exija mais esforço e até dê mais cansaço mas torna-se mais fácil a longo prazo. Não sou, de longe, uma entendida nata da vida, mas já passei pelas duas fases e sem dúvida que desistir torna-se muito mais desgastante do que persistir. Tem tudo a ver com a forma como ponderamos as coisas e até como nos ponderamos a nós próprios, quanto ao resto, ao que realmente nos abala, aos mortais, resta-nos esperar para que possamos viver perto delas, novamente, uma vez que : Nascemos para morrer e morremos para ressuscitar junto de quem partiu primeiro que nós e assim, voltaremos a ter de decidir se viver é ou não melhor opção do que existir.
Quero com isto dizer que a vida vive além das amarguras, das tristezas, das perdas. Na verdade, a vida vive do amor, dos que nos são queridos e daqueles que nos mantém vivos, vive da paz, da harmonia, da felicidade, vive da glória, do sorriso e de nós mesmos, mas sobretudo a vida vive dela mesmo e no fim, no fim é isto tudo que nos mantém vivos!
21 de janeiro de 2015
Já são duas.
30 de dezembro de 2014
Se deres a volta à vida, a vida volta.
Como quase tudo, escrever algo relacionado com o novo ano que se avizinha é um clichê. Eu gosto de clichês. Gosto do clichê que é a vida, porque mesmo que nao gostasse iria ter de o aprender. É assim que nós crescemos. Crescemos quando a vida não nos dá o preferível e nós aprendemos a gostar dele para que possamos amar aquilo que preferimos, pois caso contrário não havia amor, nem vida consequentemente porque já diz o velho ditado que "amar é viver". A vida mostra-nos tudo aquilo que nos pode oferecer e nós decidimos. Nem todas as escolhas estão certas mas por vezes as que nos parecem menos boas acertam-nos em cheio. Foi o nosso caso, e por falar em caso, foste o acaso mais bonito nos meus últimos anos. Não era eu se ao falar de clichês e de mais 365dias, não te incluísse. De nós e sobre nós tenho apenas a dizer que nunca tinha sentido o amor de uma forma tão sólida, pura e eficaz. Obrigada por me fazeres perceber que vale a pena derreter por algumas pessoas, nomeadamente por ti. Obrigada a ti por fazeres parte deste ano de uma forma diferente dos anteriores, da melhor forma possível.
Porém a vida nem sempre nos faz amar o que está perto e tenta-nos ensinar a viver longe de quem foi feito para estar perto. Aprendi que a vida muda num instante, que a vida se vai com facilidade e que nenhum de nós está imune às convulsões que a vida tem, por isso abracem, beijem, digam o que sentem enquanto o podem fazer, não são mimalhisses, são afetos que se não os demonstrarem mais tarde vos irão afetar. Não deixes nada por fazer e arrisca, mesmo que for errado, arrisca. A vida é um risco que conduz à felicidade por isso para seres feliz e para viveres arrisca! A vida vai ensinar-te qual o momento certo para o fazeres e aí, aí não penses em desperdiça-lo.
Este ano não foi mais um ano, foi o ano, o ano em que finalmente percebi o rumo que quero que a minha vida leve, a todos os níveis. Nem sempre é fácil, mas é quase sempre possível. Não mudaria nada, não me arrependo de nada do que fiz, só do que não fiz e podia ter feito... por isso, tenho mais 365 dias pela frente para continuar a história que escrevo, quem sabe não dará um livro.
Os meus votos são de felicidade, tenha ela a dimensão que tiver, venha ela com a força que vier. Para vocês, sejam ou não do meu sangue, vivam ou não no meu coração, desejo-vos felicidade e desejar-vos isso, é desejar-vos tudo. Não é fácil ser feliz, mas vale a pena!
25 de setembro de 2014
Mundo(s).
7 de junho de 2014
Estranho-te.
17 de abril de 2014
Um tesouro com grande conteúdo.
20 de março de 2014
Em-contro-me.
6 de março de 2014
És o descalabre.
16 de fevereiro de 2014
Independência.
30 de janeiro de 2014
Nostalgia de uma noite não dormida.
28 de janeiro de 2014
Vista(legre).
31 de outubro de 2013
Saudade não é mais que um pequeno obstáculo.
14 de outubro de 2013
Novo rumo.
18 de março de 2013
Força.
Ora, quando os teus pés se equilibram numa das linhas de comboio é bom, sentes que por muito arriscado que sejas estás estável e aparentemente segura, pensas que embora seja uma loucura podes continuar a andar por ela adiante porque estás segura, tens força para continuar e ainda fechas os olhos, aventuras-te a uma das maiores aventuras. Com firmeza segues em frente, percorres uma longa viagem mas sempre com os pés na linha, embarcas num sonho só teu onde podes reflectir sobre tudo, do bom que tens, do mau que poderás ter e do normal que padeces. Tornaste equilibrista e forte, sobretudo forte. Sentes-te capaz de cair mas também te sentes capaz de levantar, e a força é isso, saberes que tens força para te levantar em caso de caíres. Então resolveste continuar. Ninguém acreditava em ti, estavam fartos de te ouvir falar nesse teu sonho, alguns afastavam-se para não te ouvirem falar, outros apenas não ligavam e ainda havia os que não queriam mesmo saber daquilo que tu mais querias. Mas, tu como és forte e sabes que o és, resolveste continuar, mesmo sabendo que por mais estáveis que os teus pés pudessem estar o comboio podia vir de frente e aí irias cair, tu continuaste, continuaste sempre com a única vontade de chegares aquilo que te fez sonhar com fim a concretiza-lo. E é isso que é a força e a vontade de lutar, mesmo correndo perigo continuar, continuar e indo sempre mais longe. É disto que vive a força, a tua e sobretudo a minha.
28 de janeiro de 2013
Questão de firmeza.
20 de janeiro de 2013
Coisas que não se vêem com os olhos.
Sim, lês-te bem, ser princesa resume-se a pouco mais que isso. Beleza e um reino de fantasia. Mas, e estas duas coisas, consegues resumi-las em poucas palavras?
A beleza de que te falo é tanto mais que essa que nos vende a sociedade, é tanto mais que essa a que nos habituámos. A beleza é não mais que a fusão da humildade, da humanidade, do amor, da paz, da alegria, da pureza, da aventura, da sabedoria, do atrevimento, do orgulho, da emoção, da honestidade, da audácia, do companheirismo, da amizade, da revolução e de tantas, tantas outras coisa, tudo em quantidades certas. É tudo quanto baste. A beleza é não mais que a harmonia e o equilíbrio. Esta beleza de que te falo é a arte desajeitada numa harmonia perfeita.
Mas sim, isso que vês só com os olhos também é beleza. Mas vê, repara bem em tudo isso que te envolve. E agora pergunta-me quanta beleza tem. Não, nem sequer precisas de mo perguntar, sabes que a minha resposta não vai ser igual ao teu pensamento. Então, talvez tudo esteja carregado de beleza, talvez estejamos mergulhados num verdadeiro reino de fantasia.
E, já leste um desses livros de princesas? Lê, não tenhas medo, não é coisa de menina, muito menos será coisa de criança. Lê e repara como todos esses livros começam, lê e repara como todos eles acabam. Era uma vez... e foram felizes para sempre! Não é o que todos queremos? Não é o que todos procuramos? Quando for grande não quero ser arquitecta, não quero ser médica, não quero ser advogada, polícia ou bombeira, eu quero é ser feliz, todas estas condições ou modos de vida, são apenas o caminho, ou parte dele. Quando for grande eu quero ser feliz. Como nas histórias de princesas.
9 de janeiro de 2013
Tão certo como 1+1 ser 2.
A felicidade é incerta, já a agarrei com a mão direita e já tive que lhe dizer adeus com a esquerda, já lhe pedi para voltar e permanecer, mas nem ela manda nela, nem eu, nem tu, nem eu e tu.
A espontaneidade da vida está não nos ciclos mas nas aparições e juro que quando avistei a felicidade pela última vez senti estar com os pés bem assentes para que a pudesse desfrutar.
Mas ela tanto fica como se vai e o oito não permaneceu deitado nem eterno. Fiz tudo para que ela ficasse mas ela não obedeceu... E não há regras, normas ou regularidades que prendam a felicidade a um momento, a incerteza acompanha-a para todo o lado, até que batas o pé e digas, é a minha vez de partir.
1 de julho de 2012
Mundo ao contrário.
Eu apenas observo. Vejo o teu apego contínuo ao álcool neste preciso momento, e embora o desgosto se esteja a apoderar de mim, no fundo eu vou gostar que sintas a sensação de querer ter os pés bem assentes no chão e não o conseguires.
Como te sentes com menos consciência? Quase que aposto que a tua insensibilidade faz com que te sintas exatamente igual.
Vi-te a cambalear e resolvi ir em tua direção, seguir-te e em caso de extremos também segurar-te.
Resolves-te falar, ou melhor o álcool fez-te falar e mais uma vez recheaste a conversa com os diálogos de sempre.Recuso-me a responder-te, recuso-me a falar contigo, recuso-me até a pensar, apenas te observo e vejo e através dos meus olhos, manifesto o meu descontentamento.
Estás tão diferente, tão mais vazio e a culpa não é do que bebes nas saídas com os amigos, a culpa é da maneira como reages aos amigos nas saídas em que bebes.
Boa sorte, vais precisar dela.
14 de novembro de 2011
Factos.
20 de outubro de 2011
Discernimentos.
Pior do que me sentir basicamente perdida é perder-me em mim. Estar junto do que fui ou do que misturo comparado com o que eu era.
O que tu acreditas está ligado ao que tu mais temes, ao que mais detestas. O que tu tens guarda-o, daqui a alguns anos estarás a procurá-lo na caixinha das recordações que talvez já nem tenhas. Eu não consigo entender se tu me consegues entender... nem eu às vezes me entendo, mas:
"Quando a cabeça não pensa o corpo padece. Mas quando a cabeça pensa demais será que a nossa alma enriquece?"
As minhas certezas mudam, as minhas inseguranças aumentam e eu já não sei se o que desejei à segundos atrás é o mesmo que vou desejar daqui a alguns segundos. Não sei onde estão as minhas prioridades ou até se as tenho... quer dizer, saber até sei, mas sempre foi muito mais fácil deixar que fossem as prioridades a encontrar-me.
Às vezes os meus olhos pesam e nem sei se o meu coração ainda bate, às vezes sinto-me egoísta comigo mesma por querer deixar sempre o melhor para os outros, às vezes....
De tanto bater com a cabeça, de chorar, de ter saudades tuas, de desesperar, eu apercebi-me que desistir é muito mais complicado do que ser feliz. Desistir implica deixar tudo para trás e simplesmente sobreviver e eu não consigo seguir esse ritual chocante.
Às vezes sem consciência opto apenas por tomar as responsabilidades necessárias, esquecendo as que realmente são importantes, as que vem genuinamente de mim!
Uma porta de saída e uma de entrada, eu prefiro sair a ter que entrar, porque sempre que entro não gosto do que vejo e do que sinto.
O preferível às vezes vai embora e o que dispensável nós preferimos guardar em forma de melancolia.
Certas coisas não se explicam. Não existem palavras que as descrevam ou soluções que as resolvam. Sentimentos, gestos, sonhos...
A alma entende-me, a boca cala e muitas das vezes o sorriso mente e o coração sofre.