11 de dezembro de 2018

Empaticamente falando

As pessoas são o que são, quando o são, porque o contexto faz a pessoa. Mas nem sempre devia. Aprendi que ser empático requer treino, experiências, paciência e muito trabalho. Não é de um dia para o outro, nem de um ano para o outro. Vamos aprendendo, em passos de bebé, e talvez uma vida inteira não chegue para o conseguir ser.

Que ninguém diga que é fácil pôr-se no lugar do outro, porque não é. Se assim fosse, não existia terrorismo, guerras, metade das discussões. As pessoas compreenderiam melhor aquilo que não gostam no outro, agiam de outra forma na medida da compreensão. Mas não, não o conseguimos ser ainda verdadeiramente. Dizem que há razões que a própria razão desconhece, e é exatamente isso. Quando os pais dizem não e os filhos não gostam, por detrás da possível raiva, os mesmos não entendem que os pais tem a sua razão, e quando os filhos tem atitudes que os pais condenam, por detrás da autoridade, também está a razão dos filhos que os mesmos não reconhecem. E o mesmo digo entre casais, amigos, grupos, sociedade em si. Quando nos pomos no lugar do outro, deixa de haver necessidade de perceber o fanatismo do outro, a sua orientação sexual, a sua religião… passa a haver o respeito e a aceitação. Não existe verdades universais, cada um tem a sua verdade, e por mais que seja diferente da minha, eu tenho que a saber aceitar para que mereça que a minha também o seja. E por não haver verdades universais, é que se torna muito difícil ter-se razão. Toda a gente tem razão, caso sejamos empáticos.

                Só quem consegue perceber a razão do outro, é que consegue ser empático. A empatia, a razão, a verdade e o respeito, andam de mãos dadas e não funcionam se caminharem separadas. É aqui que a minha liberdade começa, quando consigo dar liberdade aos outros de serem livres comigo. 

6 de março de 2017

1000 km/h

Só eu é que acho que a vida passa rápido demais? Só eu é que vejo a erosão do tempo? Aquilo que ele faz?
 Dizem que o tempo cura tudo, mas já repararam naquilo que ele também nos rouba? O tempo é uma mistura agridoce, ele tanto nos dá paz, como nos tira o momento de a termos.
Eu sou uma preocupada nata com a vida, penso demais, planeio demais, vivo psicologicamente demais. Sou o tipo de miúda que planta os sonhos no pensamento mas que também os procura para os tornar reais.
Dizem-me muitas vezes que eu devia pensar menos, que pensar demais é aquilo que me faz ter insónias à noite, mas o que essas pessoas não sabem, é que são essas insónias que me permitem realmente sonhar. É acordados que nós sonhamos, é acordados que podemos planear aquilo que queremos para nós... o que essas pessoas também não sabem, é que é à noite que, somente com a nossa própria companhia, os planos saem melhor.
 Não precisamos de factores extrínsecos para sonhar, precisamos deles para viver, mas quem é que realmente vive sem sonhos? Ninguém. Os sonhos são tudo aquilo que nos move, tudo aquilo pelo que lutamos. Vocês lutam pelos vossos sonhos? São quem querem ser? Eu espero realmente que sim. Espero que o motivo das vossas insônias seja unicamente porque querem controlar aquilo que sonham, de outra forma, também espero que encontrem outro tipo de paz, e que essa paz, vos permita aproveitar o vosso tempo, porque ele cura tudo, mas também nos tira tudo, como a lucidez, e a partir do momento em que deixas de a ter, de certa forma deixas de ser tu, esqueceste de quem és.
A única coisa que posso dizer, é para sonhares e aproveitares o teu tempo, e aproveita-lo tão bem que, quando não fores lúcido, quem o for, nunca se esqueça de ti.

20 de janeiro de 2017

dois anos depois...

Hoje faz dois anos que tu te foste, dois anos em que senti o maior aperto no coração. Já passou tanto tempo e mesmo assim, o tempo, não conseguiu levar a dor que é não te ter todos os dias.
Ainda procuro imensas vezes por ti e às vezes, parece que te encontro em outros olhos azuis ou em outro sorriso bem disposto. Ainda te sinto, em algumas pequenas coisas, eu sinto-te tão perto na mesma.
Nao quero o desapego, não quero apagar a memória daquilo que um dia eu fui contigo e graças a ti.
Fizeste de mim uma criança feliz com tudo aquilo que estava ao teu alcance, fizeste de mim uma adolescente dedicada e sobretudo uma adulta orgulhosa. Há poucos amores genuínos, e o que eu sinto por ti não poderia sê-lo mais, sempre que me recordo de ti, um espírito de paz percorre o meu corpo. É amor, é mesmo.
Gostava que estivesses aqui, gostava de poder contar-te a minha vida e gostava que me visses como estou agora. Partilhar a vida contigo era engraçado, conseguias sempre arranjar a piada no meio da história e fazer com que toda a gente se risse muito. Tu eras a piada, a boa disposição, a alegria... e por isso, espero que onde estiveres, continues a cumprir o teu papel e a animar quem te rodeia.
Um dia vou voltar para os teus braços, mas até esse dia chegar, por favor continua a olhar por mim, continua a ser o meu céu estrelado mas sobretudo a paz que a lua me dá. É isso, tu és a lua... e mesmo que eu não te veja todos os dias, eu sei que estás sempre lá.
Tenho saudades tuas. 

Com amor,
Daniela.

31 de dezembro de 2016

O clichê de todos os anos.

2016... ai 2016.
 Não sei se foste o pior ou o melhor ano da minha vida, mas sei que tiveste tanto de bom como de mau.
Obrigaste-me a mudar de casa, de armário, de cara, de pessoas, de país, de responsabilidades. Obrigaste-me a ser mais responsável, mais adulta e mais ponderada.
Obrigaste-me a fechar o coração.
Obrigaste-me a cortar o cordão umbilical e no fundo eu agradeço-te muito por isso.
Deste-me ar, deste-me realmente outro ar, outra força, outra vontade. Ensinaste-me que a distância não é tão amiga como pensava, que o coração não aguenta tudo o que nós queremos e sobretudo ensinaste-me a nunca mais me poder esquecer das chaves de casa.
Contigo ri e chorei, senti-me a pessoa mais feliz do mundo mas também a mais infeliz, tremi e sorri.
Saltei contigo pela rua enquanto cantava as minhas musicas preferidas mas também me esforcei para aguentar algumas lágrimas nas minhas longas viagens de autocarro.
Contigo vi os meus pais chorarem de orgulho e chorei de orgulho, ouvi palavras de apoio ao ouvido e sorri enquanto levava umas cartoladas... naquele dia se o mundo acabasse eu certamente morreria muito feliz.
Com a tua ajuda aperfeiçoei mais do que em nenhum ano a minha personalidade, limei as minhas arestas e consegui adormecer nos primeiros 30 minutos em que me deitei, embora tenha passado muitas noites em branco também.
Mudas-te a minha vida, mostraste-me uma força que não sabia existir mas também me fizeste sentir uma fraqueza que desconhecia, aliás, fizeste-me descobrir a minha fraqueza.
Mas agradeço-te, vivi momentos incríveis contigo, passeamos juntos, mostraste-me que o arco-íris não precisa de estar no céu para que eu o possa ver, levaste-me a sítios que possivelmente não vou lá voltar, vais ser o único que esteve comigo em todos os momentos, que analisas-te ao pormenor todos os meus sentimentos, que viveu comigo uma das melhores fases da minha vida.
Foste sem duvida um ano de viragem, puxaste-me para cima mas também me deixas-te do avesso.
Por isso obrigada! Nada acontece por acaso e tu mais do que tudo fizeste acontecer tudo.
Fizeste-me perceber o que realmente vale a pena,  ajudaste-me a entender quem quero na minha vida, a que sítios quero ir e a que sítios começo a dispensar, quais os sorrisos que me fazem sorrir e quais os sorrisos que me matam lentamente por dentro, ensinaste-me embora não muito bem, a estar distante de quem me diz tanto... Mudar de vida nem sempre é fácil e eu ainda estou a aprender a viver com a que me deste.
Vamos ver o que o teu amigo me reserva, obrigada e até nunca mais.



16 de dezembro de 2016

A porra dos 21, versão atrasada.

De que vive a vida e como se vive a vida? Há infinitas maneiras diferentes de viver a vida, mas só uma, para cada um de nós distintamente, nos fará feliz. Posso dizer que tenho uma pequena percentagem de sorte que me permite vivê-la muito perto da maneira que a quero viver, quantos de nós tem essa regalia? O mundo muda a cada segundo que passa, dia após dia temos uma história diferente para lidar. Hoje temos tudo e amanhã não temos nada, acordamos sem algumas emoções que ainda naquela mesma noite tinham adormecido ao nosso lado. Das duas uma, ou as dispensamos ou os dispensados somos nós. E o que fazer? Melhor do que sonhos são os objetivos e é com e por eles que devemos viver. O que nos faz mais feliz do que a realização pessoal? O que nos dá mais paz do que sentirmos que pertencemos a um lugar? O que aquece mais a alma do que ver que estás a fazer bem o teu caminho? Não interessa quanto tempo demores a chegar até lá, interessa o quão bem chegues até ele e da forma como chegarás. Todas as barreiras que encontrares pelo caminho, guarda-as contigo, no fundo verás que elas não são más de todo e que até podes aprender alguma coisa com elas.
Eu não vou mudar o mundo, não hoje e talvez não nunca, mas eu vou sempre mudar o meu e ainda hei-de mudar o mundo de alguém. Caso isso não acontecer já ganhei na mesma pela coragem, pela vontade, pelo egoísmo de o querer. Isto é a porra dos 21, é quando começas a pensar mais além na tua vida, quando a pergunta "o que queres ser quando fores grande?" deixa de fazer sentido, é quando a tua vida se começa a parecer com a "dos mais velhos" e quando te apercebes se és quem realmente querias ser quando eras pequeno. Fazes jus à criança que carregas dentro de ti?
"Se deres a volta à vida, a vida volta." Se deres, tu. Se o fizeres sem esperar que alguém a dê por ti! Não conheço maior prazer que o suor das nossas conquistas, não há maior alivio, maior recompensa do que a vitória. E tu, vives a vida como se fosses um vencedor? É essa a forma que eu escolhi viver a minha vida, como uma vencedora... dia após dia, esperar pelo bom e pelo maus dos meus dias e dar o melhor que consiga de mim ao mundo.
É mais fácil viver do que sobreviver, dá trabalho, mas compensa!

27 de outubro de 2016

Tenho saudades tuas.

Já há muito tempo que não te escrevia uma carta. Já há algum tempo que não sabias como ando. Já faz tanto tempo que foste e continua a parecer que foi ontem.
Já viste onde estou? Já viste o que consegui e me ajudaram a conseguir? Posso dizer-te que não me lembro de estar tão feliz como estou agora, isso conforta-te certo?
Isto é tão bonito, ias gostar de ver os patinhos num lago que há aqui. A vida aqui é tão agitada, passa tudo tão rápido, vive-se tudo tão intenso. Até é mais fácil sair da cama aqui. Eu estou a gostar tanto, é tão bom aprender a viver comigo mesma, voar das asas estando na mesma presas a elas. Queria tanto poder contar-te ao pormenor tudo o que faço aqui e saber que quando voltasse estarias de braços abertos para mim. 
Por falar nos teus braços, no outro dia perguntaram-me como gostava de molhar as tostinhas no leite com mokambo. E eu respondi-lhes que não há outro cheiro que me lembre tanto de ti como aquele e o que isso significava... A infância, contigo! Lembro-me tão bem dos almoços, dos lanches... dos almoços e dos lanches. Dos beijos, dos abraços... Dos beijos e dos abraços... Do amor, do carinho, da partida... da dor da partida.
Tornas-te a minha infância tão bonita e preenchida. Nunca mais me esqueço da buzina da carrinha das compras, da caneca dos cavalinhos,do mickey, da boneca dos cabelos difíceis, dos mil mimos que me davas, de ti na porta à espera que eu chegasse ao pé de ti.
Com o passar do tempo estes pormenores tornam-se nos maiores pormaiores de todos. Eu era tão pequenina e agora sinto-me tão grande e tu não estás aqui, mas continuas a olhar por mim todos os dias não costumas? Eu espero que sim, quero que vejas na mulher que me tornei, no gosto que tenho pela vida, a ambição que me corre pelas veias, quero que estejas atenta ao meu percurso e que no fim também batas palmas e te orgulhes de mim, da tua princesinha. 
A vida é madrasta não é? Quando estavas aqui, eu achei que serias eterna. Mas não és, ninguém o é e tenho pena ter aprendido essa dor contigo. A vida dá tantas voltas mas tu estás sempre no mesmo sítio e eu sou capaz de falar contigo durante horas, às vezes preciso mesmo de falar contigo durante horas para que nunca mais te esqueças de mim. Não há distância que separe aquilo que vive dentro do meu coração, não há nem nunca vai haver distância que te separe de mim.
Nunca te esqueças que deste lado está parte da tua vida e que desse está parte da nossa.
Sabes que te vou dando novidades. Espera sempre por mim.
Com amor, Daniela.



20 de janeiro de 2016

A primeira vez que alguém suficientemente perto partiu para demasiadamente longe.

Ao longo da vida ouvi falar de dias maus, dias insuportáveis, dias complicados, difíceis... ouvi falar naquilo que era o pior dia da vida de alguém. Quando só ouvimos falar achamos que um dia menos bom é o nosso inferno mas quando realmente vivemos o pior dia das nossas vidas vemos que a partir daí tudo é diferente.
Já passou um ano desde que o meu dia mau, insuportável, complicado, difícil e o pior dia da minha vida surgiu e o sol ainda nem tinha nascido. Lembro-me desse dia como se não houvessem 366 dias entre ele e o dia de hoje.
Foi a pior noticia que recebi, acho que nunca em vinte anos o meu coração se apertou tanto como naquela madrugada, na verdade também foi a pior noite da minha vida. Quando se ouve que alguém partiu, há uns momentos em que simplesmente não consegues pensar e outros em que pensas demais. Foi a primeira vez que alguém suficientemente perto partiu para demasiadamente longe. Após aliviar o stress pós-traumático mil pensamentos invadiram-me,"e se, e se, e se, se..." e agora finalmente após reflectir talvez consiga responder que se tivesse sido diferente provavelmente teria sido tudo igual na mesma... A verdade é que, até sentirmos na pele de uma forma que além de magoar deixa marca, o nosso comportamento será sempre o mesmo, talvez porque não haja tempo para arrependimentos porque tudo continua igual. Mas agora, eu consigo dizer que, "se" eu soubesse que as coisas foram e são como foram e tem sido, eu esforçava-me para que tudo fosse diferente. Antes custava-me acordar mais cedo para ir almoçar contigo, hoje só o facto de não puder almoçar contigo custa-me muito mais. Só quando a primeira pessoa próxima de nós parte, é que começamos a dar realmente valor e não há peito que consiga suportar o tamanho da dor que eu sinto por não ter querido fazer por ti aquilo que podia enquanto podia porque infelizmente agora é tarde demais e já nada posso fazer.
Não há um dia desde esse dia que eu não pense em ti, que não pense na forma como as tuas mãos apertavam as minhas, não há um dia em que não desejasse que me enchesses de beijinhos como só tu sabias fazer, e pior, não há um dia em que consiga escrever sobre ti, falar e ouvir sobre ti sem fazer uma força incontrolável para não chorar, coisa que nem sempre é bem sucedida. Foste a melhor do mundo a desempenhar o teu papel, a minha infância e parte da adolescência tem a tua imagem, os teus cuidados, o teu amor. É muito difícil para mim ir visitar-te, a imagem que tinha tua não era de pedra e prefiro afastar-me sem nunca me distanciar e a prova disso é que o teu lugar terá sempre um pedaço meu. Dói muito a ideia de nunca mais te ter então prefiro olhar para a Lua e sentir-te perto de mim, como se para longe nunca tivesses ido.
Não há um minuto que passe, em que eu não reduza, no tempo em que eu espero por ti, como sei que não podes voltar, espero que pelo menos, um dia vá realmente ter contigo e conseguir mostrar-te o tamanho do amor que sinto por ti.
Desculpa e Obrigada, são as palavras que sempre te direi.
Com amor, Daniela.

5 de novembro de 2015

A porra dos 20!

Não é que me sinta velha ou que ache que a minha qualidade de vida diminuiu, é só que, a idade já começa a ser alguma. Aos vinte começamos a perceber qual é o caminho que realmente devemos seguir, qual o mais certo e o mais desejável para nós, começamos a nos aperceber que os para sempre são mais curtos do que aquilo que julgávamos e que a maioria deles são finitos, percebemos que os amigos não vão estar sempre lá pelo simples facto de terem que estar em sítios opostos aos nossos e que a nossa família infelizmente não durará para sempre.
As pessoas crescem, uns ficam, outros partem e a nossa vida é com aqueles que se mantém. Aos vinte crescemos e temos que aprender a lidar com a dor de ver os mais velhos a crescer, ou melhor, a começar a diminuir e até a irem embora. Aos vinte já lidei com a morte mais vezes do que devia, já saíram mais pessoas da minha vida do que pretendia mas também já consegui coisas que talvez não fosse suposto tão cedo. Aos vinte já trabalhei, já estudei, já plantei uma árvore, já pensei em escrever um livro e passado 5 anos - aos vinte continuo a escrever este blog. A vida é tão efémera e passa-nos pelos dedos sem que consigamos dar por ela e o pior é quando já não dá para a agarrar. Aos vinte sinto-me no caminho certo para a autorealização e se tudo der certo, aos trinta irei sentir-me realizada. Obrigada a quem fez parte de alguma forma nestes meus vinte anos, aos que já saíram, aos que ficaram e aos que vão permanecer, muito obrigada, não mudaria nada do que fiz em vinte anos, só acrescentaria!

30 de junho de 2015

Minha querida lua...

Não tens parado no sítio do costume, pelo menos à noite. Mas não te preocupes com isso, todos os dias olho para ti, nem que tenha de dar uma volta de 360º eu procuro-te todos os dias, quer com o céu claro ou escuro eu não abdico de te ver seja pelo que for.
Tenho saudades tuas. Saudades de te ter perto de mim e saudades da tua voz a chamar-me princesinha. Procuro tantas vezes por ti, as lembranças consolam-me e matam-me na mesma dose. Lembro-me da tua presença e logo a seguir apercebo-me do quão longe estou do teu toque. Eu devia ter-te dado mais valor, visitar-te mais vezes, falar mais contigo, ter mais paciência, dizer-te mais vezes que foste sempre a melhor avó do mundo... Mas, agora estás longe e por muito que grite tu não me consegues ouvir. Dizem que as pessoas só dão valor quando realmente perdem alguém e no fundo até tem a sua razão. Se eu soubesse, se eu imaginasse... Se se se... Não passam de se's que nunca nos vão levar a lado nenhum nem tão pouco remediar o que é irremediável. Porém, espero que olhes para mim com o orgulho e amor que eu olho para ti e sobretudo que tu olhes por mim. Se a outra vida não existir, inventa-a. Preciso de mais um abraço, de mais um toque, de mais um carinho. Preciso de ti sentada na mesa e de sentir o cheiro da tua cevada. Todos os dias penso em ti e te procuro, espero que perdoes não o ter feito desde sempre... Nunca é tarde demais, pelo menos tu vens sempre a tempo de me encontrar e falar contigo faz com que me sinta sempre melhor. Mesmo longe desempenhas o teu papel melhor que ninguém também nunca ninguém o iria desempenhar por ti. Obrigada por todos os anos de carinhos, cuidados, amor. Cuidaste de mim, tenho pena de não ter cuidado de ti com a mesma intensidade que o fizeste comigo. 
Estamos sempre debaixo do mesmo céu, agora e para sempre!

3 de maio de 2015

Para ti, com muito amor.

Toda a gente gosta de sentir o amor e a amizade juntos, eu gosto de conjugar o amor e a amizade com o laço de sangue mais bonito que tenho. Toda a gente gosta que a pessoa que mais gostamos cuide de nós quando estamos doentes, que fique ao nosso lado quando temos problemas em adormecer, que se sente só para nos ouvir desabafar, que nos abrace para acalmar o nosso choro, que vá ao cinema connosco e que nos leve ao nosso restaurante preferido, que nos retire da chuva, que nos agasalhe, que faça o almoço para não termos esse trabalho, que não deixe que nos falte nada, que nos cuide, que essencialmente nos cuide. Quando temos alguém que faz tudo o que disse anteriormente e muito mais por nós, não é só a pessoa que mais gostamos... é também a pessoa que mais gosta de nós. E eu sei disso, sei-o sempre que me abraças e me proteges, sempre que me chamas princesa e me tentas proteger de qualquer meio exterior, sempre que confias em mim e te enches de orgulho mesmo que o que eu tenha feito seja simplesmente o exigido. Tu és essa pessoa, que chega e me completa e que eu sei que nunca mas nunca me vai deixar. Aquilo que nos une é forte demais para ser somente visível aos olhos, aquilo que nos une vai mais além do cordão umbilical, aquilo que nos une é o amor incondicional que eu sinto por ti e tu sentes por mim. Podíamos perfeitamente ser a dupla ideal de um filme, mas em vez disso preferimos chegar a mesma casa e saber que independente das horas que for, vamos dormir sempre as duas na mesma casa e tu sabes-lo. Eu abdicaria de tudo pela tua felicidade, dava a minha só porque ver-te feliz ia tornar-se um motivo suficiente para eu estar bem. Toda a gente fala naquilo que é ser a melhor mãe do mundo, não entro nesses jogos porque eu mãe tenho só uma e prefiro dizer-te que simplesmente és única no mundo, às vezes nem eu sei a sorte que tenho em ter-te e isso deixa-me triste, eu fico triste quando sou aquilo que tu não mereces, porém, tu sabes perfeitamente que dentro de mim existe o maior e mais forte amor do mundo e é inteiramente por ti. Tu que és o meu grande amor e eu não imaginaria a minha vida de forma nenhuma separada do teu abraço, do teu sorriso e de tudo aquilo que tu me proporcionas. Um obrigada para ti não chega, um dia agradeço-te retribuindo a ti, tudo o que já fizeste por mim e de uma coisa te garanto, jamais estarás sozinha.
Tem um bom dia, uma boa vida, um bom caminho, eu prometo fazer sempre parte das tuas etapas.
Amo-te muito, mãe

22 de abril de 2015

Cronologicamente falando.

Parei no tempo para te ouvir falar, mas tu só olhas-te. Incomoda-me quando tu só olhas e não falas, quando eu te questiono e tu não me respondes nem que seja abanando a cabeça. Tu calas-te e isolas-te no teu mundo cor-de-rosa, onde por muito que não queiras deixar ninguém entrar, quando dás por ti nem tu mesma lá cabes.
Esse teu mundo cor-de-rosa é um eufemismo, poderia chamar-lhe de teu coração. Minto quando digo que querias viver sozinha dentro dele? Faz como sempre, baixa a cabeça, olha para ele, massaja-o se quiseres e não respondas. Não é a pôr-lhe entraves que tu o vais proteger, é fazendo com que o tires da boca, desses teus lábios delineados que sobressais com o batom. Será por isso que te calas e te fechas? Por teres medo de dizer aquilo que não queres ou não podes? Eu sei que não adianta de nada questionar-te, a única coisa que provavelmente irás fazer é sorrir e acenar, como fazem as princesas. Não te protejas tanto, estás a errar ao agir dessa forma. Só com as quedas é que se aprende e tu sabes que ainda tens tanto para aprender.
O que vês quando te olhas ao espelho? É retórica esta pergunta, nem sequer precisas de a fundamentar porque eu sei perfeitamente o que vês. Só queria que te visses com os meus olhos. Aceitas trocar? Não adianta frisar que é o teu interior que te sustenta, não são os teus lábios com batom que te definem, é aquilo que tu és. Sãs as tuas pernas que te fazem andar mas não são elas que te movem, não no sentido literal. É o que tu és que te move - e que me move também. Não é bonito tu provocares estas reacções? Sermos diferentes é bonito. Ainda te estudo, todas as noites enquanto dormes eu fico a olhar-te e a tentar desvendar quais são os teus pesadelos noturnos. Eu consigo desvendar os diurnos porque tu - melhor que ninguém - reforças que o os olhos são o espelho da alma. Mas a noite, durante o teu sono, durante o tempo em que não são as tuas vontades que falam por ti, os teus olhos estão fechados. A beleza dos teus olhos está em ti, no que tu deixas transmitir por eles. Entendes agora porque te digo que és tu e aquilo que tu és que dão cor à pessoa que formas? Que te pintam de cor de rosa princesa? É simples, cala-te - como sempre - e cala-me. O silêncio é a única coisa que, quando dizem o seu nome, ela deixa de existir. E tu gostas que tudo exista no tempo certo por isso, cala-nos... Fez-se silêncio,

12 de março de 2015

Estrelinha.

Torna-se um bocado complicado aceitar a distância. Provavelmente era suposto, mas tão pouco consigo ver como uma coisa aceitável.
Há tantas coisas que eu queria concretizar e que gostava que tu soubesses, tantos momentos em que eu queria receber beijinhos orgulhosos teus por me veres ter consigo! Eu desculpo que te tenhas esquecido do meu nome, na verdade nunca me chamaste por ele, para ti o nome nunca importou por isso eu desculpo assim como desculpo que te tenhas esquecido de tantas outras coisas. Eu consigo desculpar tudo aquilo que tu quiseres só não desculpo o facto de te terem tirado de mim, ou melhor, o facto de me terem tirado de ti porque penso que seja mais isso! Tenho a tua medalha, os teus brincos e o teu colar, nenhum deles perdeu o brilho que lhes deste, tenho ainda acumulado todo o carinho que ainda tinha para te dar!
 Espero que me estejas a ver e que aceites todos os pedidos de desculpa que te faço assim como espero que o teu coração se encha de orgulho ao ver-me vencer. Independentemente de os meus braços não te tocarem sempre que te abraço eu sei que os sentes. Parece injusto da minha parte dizer-te que tenho tantas saudades tuas quando eu só te perdi a ti (o que não quer dizer que não tenha perdido uma grande parte de tudo o que me faça viver) e tu perdeste tanta gente... tanta gente que te ama e que tu amas que a minha dor provavelmente fica aquém da tua mas olha, a mim não me perdeste, eu olharei sempre para o céu para te ver e encontro-te sempre ao lado esquerdo da lua e isso faz com que te mantenha por perto, porque mesmo nos dias em que te escondes eu sei que estás sempre lá! 
Não há nenhum lugar que seja longe para nós muito menos um longe que nos separeVovó.

28 de janeiro de 2015

Até que nada nos separe.

Recuso-me encarar a morte como a tua perda assim como não encaro qualquer aproximação como uma conquista. Quero com isto dizer-te que, não te perdi e jamais te irei perder. Seria impensável perder-te apenas porque já não me abraças ou porque já não me beijas ou até porque já não te ouço a dizer que eu sou a tua princesa. Acredita, serei sempre a tua princesa, irei sempre gostar dos teus cozinhados, dos teus olhos azuis e das tuas mãos calmas e serenas como tu. Vou sempre invejar o teu espírito aventureiro e a forma como davas a volta às situações e vou sempre odiar a forma como a vida te fez parar de viver.
Já escrevi sobre a diferença de viver ou existir. Poderia apenas caracterizar essa diferença chamando por ti e pedindo que me iludisses um pouco mais sobre isso. Tenho orgulho na vivacidade que te acompanhava diariamente.
Vês, não te perdi, perder-te era não querer falar de ti ou não o conseguir fazer e, na verdade, é tão fácil falar de ti. Já perdi muita gente, pessoas que de certa forma eram importante para mim mas nenhuma carregava o que tu carregas e nenhuma é tudo o que tu és.
Falo-te como se ainda estivesses aqui porque estás, e quando não estás, estou eu aí.
Não sou irrealista, mas com tanta coisa que nos junta, a única coisa que nos separa é a impossibilidade de um olhar. Gosto muito de ti.....

24 de janeiro de 2015

Do que vive a vida?

Do que adianta viver se não vivermos? E com isto digo que, viver não é simplesmente existir. Existir é fácil, viver é complexo. Não adianta existirmos se não vivermos. Para viver é preciso ter ânimo, saber qual a linha correta a perseguir mesmo que caiamos... é preciso cair para viver.
Do que adianta sorrir se não soubermos o que é chorar? É preciso sentirmos-nos em baixo para dar valor a todos os momentos em que estamos em cima, em que realmente estamos bem. Por mais que a vida seja um reboliço temos que aprender a estar minimamente estáveis. Por vezes a percussão do tempo abala-nos, mas a vida é assim, segundo Buda/Rousseau "nascemos para sofrer e morrer" mas se podemos contrariar isso porque não fazê-lo? A morte tem sido quase uma constante nos meus dias, porém eu aceito que não tenho o poder de escolha sobre quem parte e quem fica, e assim, vejo-me sem qualquer outra opção senão aceitar que a morte faz parte, mas a vida, os sonhos, as conquistas, os sorrisos, as glórias, os prazeres, os restantes não mortais também. Daí dizer que torna-se psicologicamente mais fácil viver do que simplesmente existir... Talvez exija mais esforço e até dê mais cansaço mas torna-se mais fácil a longo prazo. Não sou, de longe, uma entendida nata da vida, mas já passei pelas duas fases e sem dúvida que desistir torna-se muito mais desgastante do que persistir. Tem tudo a ver com a forma como ponderamos as coisas e até como nos ponderamos a nós próprios, quanto ao resto, ao que realmente nos abala, aos mortais, resta-nos esperar para que possamos viver perto delas, novamente, uma vez que : Nascemos para morrer e morremos para ressuscitar junto de quem partiu primeiro que nós e assim, voltaremos a ter de decidir se viver é ou não melhor opção do que existir.
Quero com isto dizer que a vida vive além das amarguras, das tristezas, das perdas. Na verdade, a vida vive do amor, dos que nos são queridos e daqueles que nos mantém vivos, vive da paz, da harmonia, da felicidade, vive da glória, do sorriso e de nós mesmos, mas sobretudo a vida vive dela mesmo e no fim, no fim é isto tudo que nos mantém vivos!

21 de janeiro de 2015

Já são duas.

É preciso aprender a dar valor à vida e às vidas também. Pensar antes de descartar alguém ou simplesmente  não prestar a devida atenção. Às vezes pensamos que o tempo tem mais tempo do que o tempo tem. E tu merecias mais tempo e nós merecíamos mais tempo contigo. A lei da vida é esta, nascemos para morrer. Mas não agora, não tu. Tu que foste sempre a melhor e tu que és quem eu tanto gosto. Espero que saibas que embora nunca te tenha dito, eu tenho muito orgulho em ti e vou sentir muito a tua falta, dos seis beijinhos que me davas, das tuas mãos velhinhas nas minhas... Não há palavras que consigam descrever a dor e desconforto que senti quando te vi partir e que sinto agora que não te tenho. Espero que saibas que jamais serás esquecida e que vais ter sempre um lugar cativo no meu coração. Quero acreditar que haja vida para além da morte, que neste momento estejas com quem nunca devias ter deixado de estar, que juntos saibam que jamais serão esquecidos e sobretudo que a felicidade esteja de novo nos vossos corações.
Foi um privilégio ser vossa neta, que seja um até já minhas estrelas da sorte!

30 de dezembro de 2014

Se deres a volta à vida, a vida volta.

Como quase tudo, escrever algo relacionado com o novo ano que se avizinha é um clichê. Eu gosto de clichês. Gosto do clichê que é a vida, porque mesmo que nao gostasse iria ter de o aprender. É assim que nós crescemos. Crescemos quando a vida não nos dá o preferível e nós aprendemos a gostar dele para que possamos amar aquilo que preferimos, pois caso contrário não havia amor, nem vida consequentemente porque já diz o velho ditado que "amar é viver". A vida mostra-nos tudo aquilo que nos pode oferecer e nós decidimos. Nem todas as escolhas estão certas mas por vezes as que nos parecem menos boas acertam-nos em cheio. Foi o nosso caso, e por falar em caso, foste o acaso mais bonito nos meus últimos anos. Não era eu se ao falar de clichês e de mais 365dias, não te incluísse. De nós e sobre nós tenho apenas a dizer que nunca tinha sentido o amor de uma forma tão sólida, pura e eficaz. Obrigada por me fazeres perceber que vale a pena derreter por algumas pessoas, nomeadamente por ti. Obrigada a ti por fazeres parte deste ano de uma forma diferente dos anteriores, da melhor forma possível.
Porém a vida nem sempre nos faz amar o que está perto e tenta-nos ensinar a viver longe de quem foi feito para estar perto. Aprendi que a vida muda num instante, que a vida se vai com facilidade e que nenhum de nós está imune às convulsões que a vida tem, por isso abracem, beijem, digam o que sentem enquanto o podem fazer, não são mimalhisses, são afetos que se não os demonstrarem mais tarde vos irão afetar. Não deixes nada por fazer e arrisca, mesmo que for errado, arrisca. A vida é um risco que conduz à felicidade por isso para seres feliz e para viveres arrisca! A vida vai ensinar-te qual o momento certo para o fazeres e aí, aí não penses em desperdiça-lo.
Este ano não foi mais um ano, foi o ano, o ano em que finalmente percebi o rumo que quero que a minha vida leve, a todos os níveis. Nem sempre é fácil, mas é quase sempre possível. Não mudaria nada, não me arrependo de nada do que fiz, só do que não fiz e podia ter feito... por isso, tenho mais 365 dias pela frente para continuar a história que escrevo, quem sabe não dará um livro.
Os meus votos são de felicidade, tenha ela a dimensão que tiver, venha ela com a força que vier. Para vocês, sejam ou não do meu sangue, vivam ou não no meu coração, desejo-vos felicidade e desejar-vos isso, é desejar-vos tudo. Não é fácil ser feliz, mas vale a pena!

25 de setembro de 2014

Mundo(s).

 Gosto que tenhas o melhor e o pior do mundo em ti. Ou melhor, gosto que tenhas em ti esses dois mundos que se cruzam paralelamente como se não se pudessem separar. Gosto de fazer parte dos dois e eu sei que gostas que eu esteja nos dois. Gosto de recuar enquanto avanças e gosto de te empurrar quando tens receio. Eu preciso de ti e tu precisas de mim. Chamo a isso a mais bela harmonia de ter dois mundos. Ou de ter quatro. Porque da mesma forma que pertenço nos teus dois mundos, tu pertences nos meus... E eu deixo entrar-te neles desde que não tentes torna-los só teus.
 Qual é o peso de quatro mundos? Sendo que de quatro, dois são meus?
 É o peso que tu lhes quiseres atribuir. Se for um encargo certamente não terás força nos braços para os segurar, mas se for uma vontade, consegues segurar neles com quatro dedos, sendo que o dedo mindinho é para que me prometas que eles nunca irão colidir. 

7 de junho de 2014

Estranho-te.

Eu vejo-te e reconheço-te, sei de onde, sei onde te conheci e em que circunstância esse facto mal acabado aconteceu. Vejo-te sem te beijar, mas não te conheço. Já não sei identificar uma atitude tua e muito menos compreende-la. Já não sei ler os teus olhos nem olhar dentro deles a fim de compreender a tua alma. Vejo-te como uma pessoa normal, embora ainda te consiga diferenciar, foram alguns anos ao teu lado, e muitos anos são ainda muito mais dias e outras tantas noites. Dias esses em que partilhava outras tantas horas ao teu lado, nos teus sucessos e fracassos, lembras-te quando saímos sem rumo durante tantos minutos só para aproveitar o tempo sem que desse-mos conta dele passar? Eu lembro-me e ainda me lembro de ti. Noites dessas em que me deitava no teu peito só para não estar com a cabeça diretamente no chão e onde víamos as constelações, lembras-te? Na minha cabeça, não havia urso maior que tu, mas mesmo assim eu ficava e ficava tantos ou mais segundos ao teu lado só para não te sentires sozinho. Não sei se era apego, paixão ou amor. Mas de tudo aquilo que eu gostava, tu eras aquilo que mais me fascinava. Não precisavas falar, aliás, nunca precisas-te. Eu sempre soube quando a tua vontade de me ter por perto era grande assim como sempre soube de quando preferias que te desse o teu espaço... e eu dava. Eu estava sempre à tua disposição mesmo que abusasses dela. Tantas desculpas aceitei vindas de ti quando me dizias que não me podias ver, mas mesmo assim eu ficava e fiquei, até não me quereres mais, e não quiseste! E eu aceitei, como quem aceita a solidão. Mas amanhã, ou daqui a poucos segundos, ou daqui a certos minutos ou até algumas horas ou até mesmo daqui a alguns dias que de tantos que sejam se transformem em anos, quando estiveres sozinho, não me procures, nesse momento eu já tenho outras pessoas, outras conversas, outras vontades que não sejam os teus apetites, daqui a esses segundos, minutos, dias ou de tanto tempo que seja se transformem em anos, a única coisa que possivelmente irei fazer-te é lembrar-te do dia em que eu aceitei a solidão e relembrar-te as tuas escolhas. Daqui a esse tempo todo, se sentires saudades do que deixaste para trás, nem ouses dizer que sentes a minha falta, porque no fundo a única coisa que gostavas era que eu te fizesse companhia, que não te deixasse cair e que te amparasse. E nesse dia, posso também ensinar-te como aceitar a solidão e aí não me estranhes tu e por favor reconhece-me também... reconhece. Reconhece que foste tu que me forçaste a ensinar-te o que era a solidão e espero que aprendas, tal como eu aprendi.

17 de abril de 2014

Um tesouro com grande conteúdo.

Os bens materiais não nos aconchegam a menos que compremos cobertores. Nem nos limpam as lágrimas a menos que os usemos para comprar lenços. Também não nos confortam a menos que compremos almofadas e muito menos nos fazem companhia a menos que compremos amigos. Existem tesouros além de barras de ouro, jóias ou dinheiro. Falo-vos do tesouro que eu encontrei, não era amarelo nem valia milhões porque nenhum dinheiro no mundo se podia comparar com o conteúdo daquele baú. Existem tesouros que são autênticas pessoas e eu tenho um. Não há nada melhor no mundo do que termos um amigo sempre disponível para nós, um amigo que mesmo que esteja longe a distância não seja absolutamente nada comparada com a sua presença assídua. Eu tenho um tesouro que se cair ao chão pode partir, daí segurá-lo com as duas mãos seja a melhor forma de o manter seguro. Um tesouro incapaz de perder, não haverá nunca maior luxo do que ter um amigo assim. Um tesouro que está sempre de parabéns independentemente do dia em que nasceu, um tesouro que antes de ser felicitado pelo seu dia de anos merece que o felicitem pela pessoa que se tornou ao longo do tempo, ao longo dos anos. Um tesouro único e inconfundível, um sorriso, um abraço, um conforto. Um tesouro que te diz o que mereces ouvir e te protege do que não mereces, um tesouro que teme pela tua vida, um tesouro que não te deixa cair sem cair primeiro para amenizar a tua queda. Um tesouro como o meu, o tesouro que tu és.
E, parabéns tesourinho!

20 de março de 2014

Em-contro-me.

É bom encontrar-me exactamente no lugar de onde nunca deveria ter saído. É bom encontrar-me em mim e saber ficar. É realmente bom saber ficar no meu lugar. Sem medos ou inseguranças. É tranquilizante a forma como já posso apagar a luz e deitar-me na cama sem ter medo do escuro, sem ter medo de estar sozinha. Não ter medo de estar sozinha é encontrar-me em mim. E nem sonhas o quão isso é positivo. Encontrar-me em mim significa não precisar que me encontrem . Encontro-me mas não vivo de encontros com alguém que um dia me encontrou. Gosto de encontrar-me perdida simplesmente no meu lugar. Nunca devia ter-me perdido noutro lugar, noutro chão ou em qualquer outra coisa por muito que parecesse aliciante. Todas as coisas mudam, e se eu me perder muitas vezes posso perder a noção do caminho de volta ao meu lugar. Por isso, mantenho-me encontrada para que me perca somente em mim, somente dentro de mim. Não gosto de desencontros, mas também não aprecio encontros. Gosto da ocasionalidade de uma boa coincidência. E fico feliz por já nada coincidir comigo, por já não coincidires comigo. Nem os lugares, nem as ruas, nem os sons... Será coincidência por também te teres perdido?  Nem sequer interessa(s), o bom no meio disto tudo é mesmo saber de mim e saber que não estou perdida, é chegar a casa e não ter que acender luzes porque já não há barulhos, nem sombras, nem nódoas, porque já não há absolutamente nada que me atormente e me tire o sono. Num desencontro ocasional pode ser que te encontre ocasionalmente por aí, mas vou desejar manter-me encontrada.

6 de março de 2014

És o descalabre.

Não sei muito bem aquilo que te desejo neste momento. Já desejei que o melhor do mundo fosse teu, hoje acho que não és digno desse privilegio. Faço um apanhado geral das situações e chego a pensar que nem te reconheço. Triste é, passado tanto tempo de te teres ido embora, ainda consigas ter o dom de me surpreender. Acho isso abismal. Ainda por cima é sempre de forma negativa. Eu já não espero nada para ti nem nada vindo de ti. Acho que dentro de mim existia um vazio da qual a mágoa se ocupou. Não te detesto, mas também já não te adoro. Já não sinto nada por ti, até porque tu com o passar do tempo te reduziste a nada. Conheci-te como miúdo e hoje vejo-te como criança. Nem as mais diversas situações da vida te fazem crescer e eu já não sou possuidora do dever de te fazer andar para a frente. Enquanto que o podia fazer não o quiseste, por isso reduzo-me à minha insignificância e deixo-te preso na tua desarmonia. Talvez um dia acordes, talvez um dia sejas um composto dos pés a cabeça. Já nem sei porque escrevo sobre ti, tu que já nem sequer existes em mim. Ficas apenas no lugar seguro das memórias e de mim levas apenas a esperança que te tornes em alguém melhor. Não és nenhum super homem por isso vê se te lembras a tempo que não tens poderes mágicos nenhuns.

16 de fevereiro de 2014

Independência.

Acordo e olho ao meu redor. Não há barulho, os raios de sol entram através das frinchas dos estores e eu fico a pensar na sorte que tenho por voltar a viver um novo dia. Há paz, o silêncio faz com que haja o isolamento necessário para uma tranquilidade no corpo e na mente. É estranho mas ao mesmo tempo muito bom ter a sensação de ser independente. Ainda me lembro dos meus tempos de menina e hoje já caminho apenas pelos meus pés. Quando eu digo "apenas" é no sentido literal da palavra.Ter uma protecção base nunca foi mau mas saber que para o que der e vier nos temos apenas a nós faz-nos sentir mais preparados. É necessário que a nossa felicidade dependa apenas de nós. Até há pouco tempo achava que pouca gente era feliz mas que a maioria das pessoas tinha era vários momentos de felicidade. Hoje contradigo-me, é feliz quem não deixa que ninguém o faça infeliz. Primeiro nós, o nosso amor-próprio, a nossa alegria, a nossa garra, a nossa confiança... depois de as barreiras estarem construídas, deixamos (ou não) que alguém faça parte de metade do todo que somos nós.

30 de janeiro de 2014

Nostalgia de uma noite não dormida.

O meu corpo sente a falta de repousar, os meus olhos inchados, fartam-se de reclamar o tempo a que os sujeito abertos. Por dentro, uma confusão invade o meu estômago. É como se as borboletas se transformassem em morcegos e eles andassem tolos de um lado para o outro. A noite é quase um tormento ultimamente. O meu coração está prestes a arrebentar mas as melodias do costume vão acalmando-o. Precisava de mudar, de ir para outro lugar. Um ano parece-me bem. Na verdade, a liberdade tem que estar imposta em nós. A nossa felicidade não pode depender de ninguém porque aí dá-mos também a alguém o poder de nos magoar, ou seja, nas minhas mãos a (in)felicidade para que ninguém tenha algum poder sobre mim. A independência não me assusta, aliás, atrai-me. Quanto mais independente, mais livre e ser livre é das melhores coisas do mundo. Nunca se sabe o dia de amanha mas confesso que gostava de saber a minha vida daqui a dez anos, ter uma pequena visão daquilo que me vou tornar, mesmo que não tivesse a oportunidade de mudar fosse o que fosse. As pessoas assustam-me, tanto são previsíveis como apanhamos as maiores surpresas do mundo com elas. Nunca gostei de surpresas, gosto do certo e do seguro. Gosto do que realmente é e acontece, sem amenizar ou enfatizar. As nossas experiências vem daquilo que sentimos, já senti tanto que quero manter-me afastada desse negócio duvidoso que é sentir. Não quero sentir nada novo nem sentir nada de novo. Quero apenas olhar por mim e caminhar apenas pelos meus próprios pés, já não fecho os olhos porque já não tenho medo de cair. Na vida não vale a pena desistir porque só a morte determina o fim. E como sou uma pessoa viva não me posso dar ao luxo de me deixar ir ou levar por algo menos bom. O stress tem-se apoderado muito dos meus ossos, há dias em que a cama é mesmo o melhor sítio mas logo depois me lembro que não é de todo o preferível. As noites em branco tem sido uma constante, nesta semana já perdi a conta das vezes em que fiquei simplesmente a pensar durante as oito horas sagradas que todos devíamos dormir, sem pregar olho uns únicos minutos.  A vida é tão mais daquilo que nós vemos, tão mais daquilo que nós nos deixamos viver. A vida é a liberdade, a responsabilidade, o convívio, o conforto. É preciso lutar por isso e eu sei-o, mas preciso sentir-me um pouco menos cansada para me restaurar, como se tudo se tratasse de um botão, eu sei que irei conseguir! Vou tentar começar agora a viver, arranjar-me e fazer o trajecto do costume para mais um exame. Pode ser que seja a última noite mal dormida e sob stress, pode ser que hoje termine esta fase de má energias e que embora exista chuva, o dia me sorria! Chego a sentir saudades de quem sou, de quem fui.

28 de janeiro de 2014

Vista(legre).

Perder de vista não quer dizer afastar do coração, nem desinteresse ou vontade de longevidade.  Na verdade, perder de vista significa mais ignorância. Mas significar ignorância não quer dizer que te ignore. Quer dizer apenas que te perdi de vista.

31 de outubro de 2013

Saudade não é mais que um pequeno obstáculo.

Vais sentir saudades de quem já partiu e de quem já não cá está. Vais sentir saudades de um suspiro, de um toque e de um abraço. Vais sentir saudades de quem amas, de quem adoras e de quem dizes que odeias. Vai-te faltar a força, vais cair, vais bater com a cabeça mas também te vais levantar. Vais sonhar mais alto, vais lutar por quem não devias e chamar por quem não deves. Vais pensar se deves ou não cair na tentação. Muitas vezes trais,  outras és traído pela vida. Vais ter vergonha, sentir frio, sentir medo, mágoa, tristeza e solidão. Olha a tua volta. Não me vês. Já não posso cuidar de ti quando choras nem proteger-te de quem te quer fazer mal. Porque eu estou longe. Mas sabes, não há saudade que resista a um sentimento verdadeiro. Já me queimei por ser tão fiel. A saudade não mata torna-nos mais fortes. Porque não há ninguém que te veja da mesma forma que eu. E eu vou estar sempre que puder contigo e independentemente da distância ou do medo tu estarás sempre a minha beira. Não há um minuto que passe que eu não reduza no tempo o que eu espero por ti e no fundo, a saudade não é mais forte.

14 de outubro de 2013

Novo rumo.

Devia ser mais fácil poder ser só eu, independente do mundo ou de alguém, ser eu e pouco mais no mundo além de mim. Como se os meus passos não tivessem que seguir qualquer trajeto e como se eu não tivesse que regressar sempre ao mesmo sítio todas as noites. Era mais fácil se fosse só eu pelo mundo fora. Como um ser individual e sem ser partidária de uma forma geral. Gostava de não ter que dar satisfações nem ficar presa a uma ordem, como se tudo dependesse apenas de mim e eu não me interligasse com ninguém. Pode ser só isto uma teoria visto que tenho um bocado de aversão ao facto de haver a possibilidade de um dia acabar sozinha. Pode não ser provável mas pode ser possível... e é. Eu não tenho amarras nem ninguém amarrado a mim, era estranho mas não impossível as pessoas se perderem no caminho de regresso ao mesmo sítio como de costume em todas as noites e eu acabar sozinha. Possivelmente não me faço entender, provavelmente isto é só uma teoria e a minha vontade era apenas sair sem rumo, sem hora, sem data, talvez com a esperança que no final dessa viagem encontrasse e conhecesse alguém que também tivesse saído sem rumo!

18 de março de 2013

Força.

Tens um sonho, por muito mais ilucido que o teu sonho pareça, tu tens-no... e como todos nós, tu queres realiza-lo. Então vais lutar por ele com tudo o que poderás ter. Dás ínicio ao teu sonho e vamos fazer suposições, daquelas que poderá nem lembrar a ninguém mas que te lembrou a ti.
 Ora, quando os teus pés se equilibram numa das linhas de comboio é bom, sentes que por muito arriscado que sejas estás estável e aparentemente segura, pensas que embora seja uma loucura podes continuar a andar por ela adiante porque estás segura, tens força para continuar e ainda fechas os olhos, aventuras-te a uma das maiores aventuras. Com firmeza segues em frente, percorres uma longa viagem mas sempre com os pés na linha, embarcas num sonho só teu onde podes reflectir sobre tudo, do bom que tens, do mau que poderás ter e do normal que padeces. Tornaste equilibrista e forte, sobretudo forte. Sentes-te capaz de cair mas também te sentes capaz de levantar, e a força é isso, saberes que tens força para te levantar em caso de caíres. Então resolveste continuar. Ninguém acreditava em ti, estavam fartos de te ouvir falar nesse teu sonho, alguns afastavam-se para não te ouvirem falar, outros apenas não ligavam e ainda havia os que não queriam mesmo saber daquilo que tu mais querias. Mas, tu como és forte e sabes que o és, resolveste continuar, mesmo sabendo que por mais estáveis que os teus pés pudessem estar o comboio podia vir de frente e aí irias cair, tu continuaste, continuaste sempre com a única vontade de chegares aquilo que te fez  sonhar com fim a concretiza-lo. E é isso que é a força e a vontade de lutar, mesmo correndo perigo continuar, continuar e indo sempre mais longe. É disto que vive a força, a tua e sobretudo a minha.

28 de janeiro de 2013

Questão de firmeza.

Já me senti fraca, já me agarrei à almofada com esperança que ela amenizasse o som do meu desespero, já fiquei a noite toda acordada a pensar na vida que levava, já desesperei e perdi a noção. Já me dei como desistente, já quis fugir, já me quis esconder. Já me apeguei a quem não devia e deixei quem me queria, já acreditei em falsas esperanças e num mundo cor-de-rosa, já me desiludi com pessoas que gostava e já me surpreendi com pessoas que me passavam ao lado. Já fui mais menina do que muitas crianças, já chorei a ouvir uma música e até a ver uma foto, já fui sozinha até a um sítio para relembrar bons momentos, já me sentei no chão à chuva para pensar, já corri e saltei na rua à noite sem medo que me achassem tola, já perdoei situações imperdoaveis  e já fui muito injusta com quem menos merecia. Já achei que a minha vida estava perdida e que acordar não tinha qualquer tipo de sentido, já me refugiei no sono e já me afastei de toda a gente, já fui forte como já fui frágil. Onde quero chegar é, que vida quer tarde ou não dá-nos um novo objetivo e uma nova esperança, volta a deixar-te sorrir e compensa-te. Hoje acordo a sorrir e deito-me a rir, o mais importante é acreditar que depois da tempestade vem a bonança e felizmente o meu navio aguentou-se bem!

20 de janeiro de 2013

Coisas que não se vêem com os olhos.

Ser princesa. As princesas simbolizam beleza, vivem no reino da fantasia. E é isto tudo o que são. E é isto tudo o que quero quando te digo que quero ser princesa. Mas não, não comeces já a julgar-me, pensa primeiro no que te disse há pouco, lê o que não escrevi. Devagar...
Sim, lês-te bem, ser princesa resume-se a pouco mais que isso. Beleza e um reino de fantasia. Mas, e estas duas coisas, consegues resumi-las em poucas palavras?
A beleza de que te falo é tanto mais que essa que nos vende a sociedade, é tanto mais que essa a que nos habituámos. A beleza é não mais que a fusão da humildade, da humanidade, do amor, da paz, da alegria, da pureza, da aventura, da sabedoria, do atrevimento, do orgulho, da emoção, da honestidade, da audácia, do companheirismo, da amizade, da revolução e de tantas, tantas outras coisa, tudo em quantidades certas. É tudo quanto baste. A beleza é não mais que a harmonia e o equilíbrio. Esta beleza de que te falo é a arte desajeitada numa harmonia perfeita.
Mas sim, isso que vês só com os olhos também é beleza. Mas vê, repara bem em tudo isso que te envolve. E agora pergunta-me quanta beleza tem. Não, nem sequer precisas de mo perguntar, sabes que a minha resposta não vai ser igual ao teu pensamento. Então, talvez tudo esteja carregado de beleza, talvez estejamos mergulhados num verdadeiro reino de fantasia.
E, já leste um desses livros de princesas? Lê, não tenhas medo, não é coisa de menina, muito menos será coisa de criança. Lê e repara como todos esses livros começam, lê e repara como todos eles acabam. Era uma vez... e foram felizes para sempre! Não é o que todos queremos? Não é o que todos procuramos? Quando for grande não quero ser arquitecta, não quero ser médica, não quero ser advogada, polícia ou bombeira, eu quero é ser feliz, todas estas condições ou modos de vida, são apenas o caminho, ou parte dele. Quando for grande eu quero ser feliz. Como nas histórias de princesas.

9 de janeiro de 2013

Tão certo como 1+1 ser 2.

A busca da felicidade não é mais que um mero acaso dividido em trajectos que podem ser delineados (ou não) por ti e por mais quantas pessoas tu preferires. A felicidade não te vem bater à porta nem te vai aparecer durante o pequeno-almoço para te alegrar o dia. Não vai ser fácil tu a encontrares, mas sabes que se conseguires, valerá a pena. A felicidade não vai ter forma nem feitio, vai ser, se for... e vai-te preencher de um jeito que tu desejes que seja eterno. Ela vai fazer-te sorrir muitas vezes e de coisas disparatadas, mas pode ir embora em 10 segundos, depende de ti e das pessoas que tu preferires escolher para traçar trajectos.
A felicidade é incerta, já a agarrei com a mão direita e já tive que lhe dizer adeus com a esquerda, já lhe pedi para voltar e permanecer, mas nem ela manda nela, nem eu, nem tu, nem eu e tu.
A espontaneidade da vida está não nos ciclos mas nas aparições e juro que quando avistei a felicidade pela última vez senti estar com os pés bem assentes para que a pudesse desfrutar.
Mas ela tanto fica como se vai e o oito não permaneceu deitado nem eterno. Fiz tudo para que ela ficasse mas ela não obedeceu... E não há regras, normas ou regularidades que prendam a felicidade a um momento, a incerteza acompanha-a para todo o lado, até que batas o pé e digas, é a minha vez de partir.

1 de julho de 2012

Mundo ao contrário.

Escrevo após observar que já fumaste o teu cigarro até ao fim. Já deves estar mais calmo, e após o copo de Vodka que te vi beber, mais desnorteado também!
Eu apenas observo. Vejo o teu apego contínuo ao álcool neste preciso momento, e embora o desgosto se esteja a apoderar de mim, no fundo eu vou gostar que sintas a sensação de querer ter os pés bem assentes no chão e não o conseguires.
Como te sentes com menos consciência? Quase que aposto que a tua insensibilidade faz com que te sintas exatamente igual.
Vi-te a cambalear e resolvi ir em tua direção, seguir-te e em caso de extremos também segurar-te.
Resolves-te falar, ou melhor o álcool fez-te falar e mais uma vez recheaste a conversa com os diálogos de sempre.Recuso-me a responder-te, recuso-me a falar contigo, recuso-me até a pensar, apenas te observo e vejo e através dos meus olhos, manifesto o meu descontentamento.
Estás tão diferente, tão mais vazio e a culpa não é do que bebes nas saídas com os amigos, a culpa é da maneira como reages aos amigos nas saídas em que bebes.
Boa sorte, vais precisar dela.

14 de novembro de 2011

Factos.

Em cada momento nosso, surge um ato diferente e em cada ato diferente, vem um novo pensamento que mais tarde origina uma saudade, como cada saudade está ligada a uma história e como cada história nossa tem  aventuras eu lembro-me sempre de ti! A cada novo dia, há sempre uma novidade que gera um porquê e esse porquê traz uma resposta que vai ao encontro da nossa vida, o que nos recruta para um saber que mais tarde gera uma certeza que seremos unidos para sempre!




20 de outubro de 2011

Discernimentos.


Pior do que me sentir basicamente perdida é perder-me em mim. Estar junto do que fui ou do que misturo comparado com o que eu era. 
O que tu acreditas está ligado ao que tu mais temes, ao que mais detestas. O que tu tens guarda-o, daqui a alguns anos estarás a procurá-lo na caixinha das recordações que talvez já nem tenhas. Eu não consigo entender se tu me consegues entender... nem eu às vezes me entendo, mas:
"Quando a cabeça não pensa o corpo padece. Mas quando a cabeça pensa demais será que a nossa alma enriquece?"
As minhas certezas mudam, as minhas inseguranças aumentam e eu já não sei se o que desejei à segundos atrás é o mesmo que vou desejar daqui a alguns segundos. Não sei onde estão as minhas prioridades ou até se as tenho... quer dizer, saber até sei, mas sempre foi muito mais fácil deixar que fossem as prioridades a encontrar-me.
Às vezes os meus olhos pesam e nem sei se o meu coração ainda bate, às vezes sinto-me egoísta comigo mesma por querer deixar sempre o melhor para os outros, às vezes....
De tanto bater com a cabeça, de chorar, de ter saudades tuas, de desesperar, eu apercebi-me que desistir é muito mais complicado do que ser feliz. Desistir implica deixar tudo para trás e simplesmente sobreviver e eu não consigo seguir esse ritual chocante.
Às vezes sem consciência opto apenas por tomar as responsabilidades necessárias, esquecendo as que realmente são importantes, as que vem genuinamente de mim!
Uma porta de saída e uma de entrada, eu prefiro sair a ter que entrar, porque sempre que entro não gosto do que vejo e do que sinto.
O preferível às vezes vai embora e o que dispensável nós preferimos guardar em forma de melancolia.
Certas coisas não se explicam. Não existem palavras que as descrevam ou soluções que as resolvam. Sentimentos, gestos, sonhos...
A alma entende-me, a boca cala e muitas das vezes o sorriso mente e o coração sofre. 



E no fim, ainda abres as mãos como quem diz: Bom Dia Daniela.