6 de março de 2014

És o descalabre.

Não sei muito bem aquilo que te desejo neste momento. Já desejei que o melhor do mundo fosse teu, hoje acho que não és digno desse privilegio. Faço um apanhado geral das situações e chego a pensar que nem te reconheço. Triste é, passado tanto tempo de te teres ido embora, ainda consigas ter o dom de me surpreender. Acho isso abismal. Ainda por cima é sempre de forma negativa. Eu já não espero nada para ti nem nada vindo de ti. Acho que dentro de mim existia um vazio da qual a mágoa se ocupou. Não te detesto, mas também já não te adoro. Já não sinto nada por ti, até porque tu com o passar do tempo te reduziste a nada. Conheci-te como miúdo e hoje vejo-te como criança. Nem as mais diversas situações da vida te fazem crescer e eu já não sou possuidora do dever de te fazer andar para a frente. Enquanto que o podia fazer não o quiseste, por isso reduzo-me à minha insignificância e deixo-te preso na tua desarmonia. Talvez um dia acordes, talvez um dia sejas um composto dos pés a cabeça. Já nem sei porque escrevo sobre ti, tu que já nem sequer existes em mim. Ficas apenas no lugar seguro das memórias e de mim levas apenas a esperança que te tornes em alguém melhor. Não és nenhum super homem por isso vê se te lembras a tempo que não tens poderes mágicos nenhuns.