12 de março de 2015

Estrelinha.

Torna-se um bocado complicado aceitar a distância. Provavelmente era suposto, mas tão pouco consigo ver como uma coisa aceitável.
Há tantas coisas que eu queria concretizar e que gostava que tu soubesses, tantos momentos em que eu queria receber beijinhos orgulhosos teus por me veres ter consigo! Eu desculpo que te tenhas esquecido do meu nome, na verdade nunca me chamaste por ele, para ti o nome nunca importou por isso eu desculpo assim como desculpo que te tenhas esquecido de tantas outras coisas. Eu consigo desculpar tudo aquilo que tu quiseres só não desculpo o facto de te terem tirado de mim, ou melhor, o facto de me terem tirado de ti porque penso que seja mais isso! Tenho a tua medalha, os teus brincos e o teu colar, nenhum deles perdeu o brilho que lhes deste, tenho ainda acumulado todo o carinho que ainda tinha para te dar!
 Espero que me estejas a ver e que aceites todos os pedidos de desculpa que te faço assim como espero que o teu coração se encha de orgulho ao ver-me vencer. Independentemente de os meus braços não te tocarem sempre que te abraço eu sei que os sentes. Parece injusto da minha parte dizer-te que tenho tantas saudades tuas quando eu só te perdi a ti (o que não quer dizer que não tenha perdido uma grande parte de tudo o que me faça viver) e tu perdeste tanta gente... tanta gente que te ama e que tu amas que a minha dor provavelmente fica aquém da tua mas olha, a mim não me perdeste, eu olharei sempre para o céu para te ver e encontro-te sempre ao lado esquerdo da lua e isso faz com que te mantenha por perto, porque mesmo nos dias em que te escondes eu sei que estás sempre lá! 
Não há nenhum lugar que seja longe para nós muito menos um longe que nos separeVovó.